Cheguei em casa. Era por volta das sete da manhã. Estava escuro. Sono.
No caminho até o quarto, dores na barriga. Maravilha. Peguei um Bukowski em cima da bancada do quarto e fui ao banheiro. Sentei e comecei a ler de onde tinha parado. Era um novo conto, onde chovia em L.A. e o velho Chinaski dirigia em direção a uma oficina mecânica. O conto envolvia diferentes tipos de mulheres em situações diferentes, e o velho Buk, reclamando de tudo, com a genialidade de sempre.
Parei pra pensar quando tive o primeiro contato com Charles Bukowski, o velho sujo e depravado, que Deus o tenha – com doses de whisky, vinho, cerveja, gim com tônica... Infinitas³³, se não, seria muito pouco e seria bem capaz do velho ressuscitar... Acredito que Deus não iria querer muito isso...
- Comprei um livro! Misto Quente – disse ela para mim.
- É de comer? - Perguntei.
- Não, dã, é do Bukowski.
- Quem?!
- Charles Bukowski...
- Nunca ouvi falar. - Fiz pouco caso – É algum clássico, por acaso? - Tenho medo desses caras.
- Não sei, pra falar a verdade, mas um cara que trabalha comigo me indicou...
- Entendo...
Passaram-se alguns dias...
- Terminei o Misto-Quente!
- Quem?
- O livro aquele, do Bukowski... Lembra que te falei?
- Lembro. - Menti.
- É bem legal, é totalmente diferente d equalquer coisa que tu já tenhas lido algum dia... As vezes ele é muito nojento, as vezes ele é bem tarado, e geralmente ele é muito engraçado. - Confesso que me interesse naquele momento.
- Hum... Me empresta?
- Claro.
E comecei a ler.
Tinha uma passagem em especial que ele falava de um colega que estaria no equivalente a, mais ou menos, o primeiro ano do ensino médio – se não me engano. Era um sujeito esquisito, que ficava batendo punheta pra professora, no meio da sala de aula.
O personagem principal, tinha a cara totalmente repleta de umas espinmhas completamente desgraçadas. Realmente fodidas. Dava pena do coitado, e isso rendia uma boa dose de cenas nojentas, e, o mais estranho, o livro não tem um clímax geral da história. Algo que te deixa excitado com a leitura ou coisa do tipo. Mas, como dizia um conhecido meu, ele tinha “micro-climas” durante os capítulos. Não sei explicar direito, não sou uma droga de crítico literário.
Tinha uma passagem em especial que ele falava de um colega que estaria no equivalente a, mais ou menos, o primeiro ano do ensino médio – se não me engano. Era um sujeito esquisito, que ficava batendo punheta pra professora, no meio da sala de aula.
O personagem principal, tinha a cara totalmente repleta de umas espinmhas completamente desgraçadas. Realmente fodidas. Dava pena do coitado, e isso rendia uma boa dose de cenas nojentas, e, o mais estranho, o livro não tem um clímax geral da história. Algo que te deixa excitado com a leitura ou coisa do tipo. Mas, como dizia um conhecido meu, ele tinha “micro-climas” durante os capítulos. Não sei explicar direito, não sou uma droga de crítico literário.
Realmente foi algo completamente diferente de tudo que eu já tinha lido.
Quando dei por mim, o dia já clareava. Estava na hora de ir dormir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário