Cada gota de chuva
que estoura na janela
é o grito inaudível
das almas desertas
É o fogo líquido que sobe à garganta
É a água sólida que corre pelas veias
E o vento terroso que preenche o peito com vazio
Que eclode na garrafa
e evapora
e vira fumaça
O que sobra
precipita em linhas do silêncio
e torna-se
cinzas
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